Etanol é mais competitivo que solar para produção de hidrogênio, aponta WWF

Cálculo considera investimentos, custos fixos e variáveis, despesas com a aquisição de combustível e a margem de lucro

Estudo da WWF-Brasil sobre a aptidão do Brasil para produzir hidrogênio verde aponta que, do ponto de vista econômico, a eletrólise com energia eólica é a que apresenta menor custo (US$ 5,93/kg), seguida pela reforma de etanol (US$ 7,39/ kg).

Entre as três rotas analisadas, a eletrólise com energia solar é a mais cara, a US$ 9,52/kg.

O cálculo considera investimentos, custos fixos e variáveis, despesas com a aquisição de combustível (no caso da reforma do etanol) e a margem de lucro, utilizando valores do mercado brasileiro.

Do ponto de vista de emissões, a ordem se mantém: a produção a partir da eletrólise com eólica é a com menor pegada de carbono, com 1,8 kg de CO2 por kg de hidrogênio produzido.

No caso da reforma com etanol, o valor sobe para 2,3 kg CO2 por kg de H2. Já a eletrólise com energia solar emite cerca de 3,3 kgCO2/kgH2.

“A produção de hidrogênio deve considerar seus impactos socioambientais como, por exemplo, no consumo da água, na demanda por materiais críticos e a competição pelo uso da área”, explica Ricardo Fujii, especialista de Conservação do WWF-Brasil.

“Todas as formas avaliadas têm um impacto diferente, seja no uso do solo ou nos processos associados aos materiais que compõem o sistema de geração”, completa.

A nota técnica aponta que quando comparada a preços praticados no mercado internacional, a produção brasileira pode competir em vários mercados, especialmente quando se considera a baixa pegada de carbono do hidrogênio.

Segundo a PwC, atualmente o custo do hidrogênio fóssil — de gás natural — é de cerca de US$ 1,4 por kg de hidrogênio produzido. Já o preço do hidrogênio verde varia entre US$ 5 e US$ 7/kg.

(Fonte: Agência epbr)

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