Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras vai até esta sexta (25), em Franca-SP

Na programação, estão previstos debates sobre a conjuntura do mercado de café, cujo preço no varejo está em alta no Brasil

Franca, no interior de São Paulo, sedia, até esta sexta-feira (25/10), o Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras.

É a 48ª edição do evento, que é organizado pela Fundação Procafé, pelo Consórcio de Pesquisa Café/Embrapa Café, pela Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo, pela Universidade de Uberaba (Uniube) e pela Universidade Federal de Lavras (UFLA).

A abertura foi nesta terça-feira (22). A expectativa é que cerca de 600 convidados participem das ações, entre produtores rurais, pesquisadores, professores, profissionais do segmento e lideranças de cooperativas. Em debate, as principais tendências da cultura cafeeira, como pragas e doenças, tratos na lavoura e irrigação. O evento prevê, ainda, o lançamento de variedades de café.

Também está em evidência o cenário econômico, de altas nos preços, causadas, principalmente, pelo tempo seco que tem predominado durante este ano. Temas que poderão ser assistidos por meio de 40 a 50 apresentações diárias.

De acordo com José Braz Matielo, coordenador do congresso, a 48ª edição tem tudo para ser um marco no setor cafeeiro no Brasil, por colocar na vitrine as principais inovações para enfrentar os desafios da cadeia. Entre elas, tecnologias com Inteligência Artificial, técnicas para avaliar produtividade em consórcio com espécies florestais e a importância das abelhas na melhoria da qualidade do grão.

O encerramento será com um Dia de Campo, no dia 25, na Estação Experimental da Fundação Procafé, das 9h ao meio-dia.

Seca

O café é um assunto que não está, porém, apenas nas mesas dos congressos. Está nos lares, durante a refeição matinal, nas cafeterias, padarias, botecos. Um dos motivos é que a bebida é a segunda mais consumida no Brasil, atrás apenas da água. O outro são os preços do produto, que, no varejo, subiram mais de 30% ao longo do ano.

A explicação é climática. O café tem sofrido desde 2021, quando uma geada em Minas Gerais, que produz mais de 50% dos frutos colhidos no Brasil, afetou as plantações. Agora em 2024, o que impactou foi a seca, a maior desde 1974. Segundo a própria Fundação Procafé, a precipitação climática está 33% menor do que a média dos últimos 50 anos na região.

A falta de chuvas interfere, também, na maior incidência de pragas, como a cigarra e o bicho mineiro – fator que deve comprometer, também, a safra do ano que vem.

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