A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) de São Paulo, vai reunir especialistas para debater ações para a erradicação da febre aftosa, que teve o último foco registrado no Brasil em 2006.
Em maio deste ano, o Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, havia declarado que o Brasil se tornou área livre da doença sem vacinação. Agora, o país busca o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) – o que contribui para fortalecer a posição do país no mercado internacional, e aumentar a confiança de parceiros e consumidores.
Atualmente, apenas os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA.
Dentro da Feicorte
O evento da SAA, IV Fórum Paulista de Febre Aftosa, será no próximo dia 19, em Presidente Prudente-SP. Dessa vez, fará parte da programação da Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne, a Feicorte, que será de 19 a 23.
Diferente dos anos anteriores, a IV edição do Fórum inova e realiza uma mesa redonda, que terá mediação de Erika Ramos Mello, médica veterinária e diretora do Departamento de Trânsito e Análise de Riscos (DETRAR) da CDA, e será composta por representantes de estados que já têm experiências a partir da retirada da vacinação.
Vão compor a mesa Rafael Gonçalves Dias, diretor do Departamento de Sanidade Animal da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR), Daniel de Barbosa Ingold, diretor-presidente da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal do Mato Grosso do Sul (IAGRO), e Breno Welter, gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre Estadual da Defesa Agropecuária.
No caso do Paraná, Rafael pretende abordar as experiências e conquistas do estado após o reconhecimento internacional como zona livre sem vacinação. Já em relação ao Mato Grosso do Sul, trará um panorama sobre os investimentos, inovações e desafios do estado na vigilância da doença.
Para falar sobre a experiência de São Paulo, Breno aborda o pleito nacional, em especial o paulista, para o reconhecimento internacional. “Será uma atividade rica em informação e, sobretudo, em referências para que possamos dar sequência em nossas atividades após nosso primeiro ano como zona livre sem vacinação”.
Além da mesa redonda, a atividade contará com duas palestras, sobre os sistemas de rastreabilidade bovina e sua importância para a pecuária nacional e o FUNDESA-PEC, fundo indenizatório para a pecuária paulista. Serão responsáveis pelas apresentações Luciano Lobo, médico veterinário da empresa MSD/Allflex, e Affonso dos Santos Marcos, diretor do Departamento de Defesa Sanitária e Inspeção Animal (DDSIA), respectivamente.
Nova marca
Ainda dentro da programação da Feicorte, a Defesa Agropecuária discutirá, também, as mudanças estabelecidas em resolução para a identificação das bezerras bovinas e bubalinas de três a oito meses, vacinadas contra a Brucelose, na atividade intitulada de “Uma nova marca do agro de São Paulo”.
Luiz Henrique Barrochelo, médico veterinário e coordenador da CDA, e Carmen Perez, empresária rural e comunicadora do agro, falarão sobre a identificação por botton como maneira alternativa à marcação a fogo, e as vantagens em adotar essa substituição.
A atividade, que também será realizada no dia 19, antecede o Fórum e tem início às 14h.
As inscrições, gratuitas, podem ser feitas em clicando aqui.