O agronegócio é um dos principais geradores de empregos formais do Brasil. Segundo o Cepea (Centro de pesquisas econômicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – ESALQ – campus da Universidade de São Paulo em Piracicaba), o número de pessoas trabalhando no setor no segundo trimestre do ano passado foi de aproximadamente 19 milhões de pessoas, o que corresponde a cerca de 20% do total de trabalhadores do país.
O agronegócio é um setor que envolve atividades econômicas relacionadas à produção e ao comércio agrícola, o que é bastante abrangente e compreende três ramificações, sendo elas dentro da porteira (propriedades rurais), pré-porteira que engloba a indústria e comércio fornecedores de insumos para a produção rural, como fabricantes de fertilizantes e equipamentos e também no pós-porteira que envolve a compra, o transporte e a venda dos produtos agropecuários para o consumidor final (supermercados, frigoríficos, indústrias têxteis e calçadistas, distribuidores de alimentos).
E o número de vagas de trabalho no setor só tende a crescer, no entanto, o mercado tem dificuldades em preencher algumas vagas devido à falta de profissionais capazes de lidar com as novas tecnologias no campo, como máquinas autônomas, telemetria e softwares de Business Intelligence (BI) dentre outros.
E, apesar dos temores de que o desenvolvimento tecnológico termine com grande parte dos empregos, especialistas da área projetam uma forte aceleração no surgimento de novas oportunidades de trabalho, como é o caso de especialistas em sustentabilidade ambiental ou operadores de equipamentos agrícolas.
Áreas promissoras
Segundo projeções feitas pelo Fórum Econômico Mundial, organização com sede na Suíça, com base em uma pesquisa detalhada com 803 grandes empresas que empregam mais de 11 milhões de pessoas em 45 economias de todas as regiões do mundo, quase 75% das empresas pesquisadas acreditam que vão adotar a inteligência artificial em seus negócios.
E, quanto ao impacto tecnológico nos empregos, os executivos das grandes companhias estimam que mais vagas serão criadas do que perdidas nos próximos cinco anos. Veja as cinco carreiras mais promissoras da área:
- Técnico em Agropecuária;
- Engenheiro agrônomo;
- Médico-veterinário;
- Zootecnista;
- Técnico em agronegócio.
Goiás é destaque
Para fazer frente à carência de mão de obra qualificada no setor, empresa goiana cria programa que já formou cerca de 100 profissionais.
Além de formar novos talentos, iniciativa paga salário durante realização de curso, que tem duração de um ano. Se algumas décadas atrás, o sonho do jovem no campo era ir para cidade em busca de melhores oportunidades de trabalho, hoje o caminho é o inverso e o agronegócio já atrai até quem não é do meio rural.
De acordo com pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da USP, a empregabilidade do setor aumentou em 2022, tendo, no terceiro trimestre daquele ano, 19,07 milhões de pessoas em atuação.
(Fonte: comprerural.com)