Sudoeste goiano é nova fronteira da agricultura irrigada

Alta disponibilidade hídrica e aumento nos custos de aquisição de terras reforçam tendência da irrigação como alternativa para ampliação vertical da produção agrícola na região. Durante Tecnoshow, Pivot apresenta tecnologias ao produtor rural

Sudoeste goiano é nova fronteira da agricultura irrigada

Goiás possui uma área irrigada de 511 mil hectares (ha), sendo o quarto estado brasileiro em extensão de terras irrigadas, ficando atrás apenas da Bahia, com 525 mil ha, Minas Gerais com 961 mil ha e Rio Grande do Sul com 1 milhão e 163 mil ha.

Os dados constam da edição de 2022 do Relatório do Programa Nacional de Agricultura Irrigada, que também revela que dos 15 maiores polos de irrigação por pivô central do País, quatro estão em território goiano: a região do Alto do Araguaia, a oeste de Goiás, na divisa com Mato Grosso; região do Rio das Almas, ao centro do Estado;  Alto do Rio Preto, polo a leste de Goiás; e o Polo São Marcos, na região de Cristalina.

“Goiás teve nos últimos anos um crescimento médio [nas áreas irrigadas] de 20.000 ha/ano, impactando também na produtividade das culturas como soja,  milho e feijão e também a possibilidade de uma terceira safra. Podemos dizer que, somando a venda de novos equipamentos de irrigação do estado e o aumento da produção, temos um acréscimo no PIB goiano de R$ 700 milhões”, afirma Tiago Villani, gerente corporativo de irrigação do Grupo Pivot.

Além desses quatro polos citados, um quinto deve despontar nos próximos anos por seu grande potencial hídrico, o suodeste de Goiás, que já é um grande produtor de grãos no Estado.

“Há alguns fatores que reforçam essa tendência de aumento da área irrigada no sudoeste de Goiás. Dentre elas, está a disponibilidade hídrica, é hoje uma das regiões do estado com mais água disponível para irrigação. É também uma região onde os custos de aquisição de terras têm aumentado muito nos últimos anos, e os produtores já estão explorando a extensão máxima permitida para o cultivo. Para aumentar a produtividade, entra a tecnologia. A  irrigação permite essa expansão vertical da produtividade, com um investimento bem menor do que a compra de novas áreas”, explica Villani.

O gerente da Pivot lembra que, com o melhoramento genético das sementes que permitiu ciclos mais curtos, tornou-se possível colher uma terceira safra ao longo do ano. Nesse momento, a irrigação é uma ferramenta para completar o regime hídrico e consolidar o aumento da produtividade. Por isso, está aumentado o interesse dos produtores do sudoeste por ela.

Na região, alguns municípios, como Paraúna e Montividiu, já se destacam em seu uso, mas a perspectiva é que haja expansão. “Nós inauguramos a nossa loja em Rio Verde em 2020, e entre este ano e 2022, o faturamento dessa unidade dobrou, um indicativo do aumento da demanda. Neste ano, vamos aumentar nossa estrutura justamente para atender a demanda crescente da região”, informa Villani.

TecnoShow

A maior feira do agronegócio do Estado contará com um estande da Pivot Máquinas Agrícolas e Irrigação. Nele, a empresa apresentará, em uma estrutura de 250 metros quadrados, as últimas novidades em sistemas de irrigação e de geração de energia fotovoltaica, que pode ser utilizada como alternativa para o funcionamento do pivô em regiões onde há falha no serviço de energia elétrica.

No estande, os empresários do agro poderão conhecer a tecnologia FieldNET Advisor nos pivôs, através do qual é possível gerenciar a irrigação de forma remota, ou seja, o produtor pode controlar o pivô de qualquer lugar, inclusive em sua casa, na cidade.

A tecnologia considera os fatores agronômicos – a genética, o tipo de solo, a previsão do tempo – e, a partir disso, faz uma recomendação diária sobre quanta água é necessária para cada local. Lançada nos EUA como teste e, posteriormente, foi expandida para 17 países ao redor do globo, os resultados obtidos até o momento indicam uma economia de 17% do gasto de água.

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