Os desafios enfrentados pelo setor agrícola nunca foram tão complexos e isso se dá por conta da necessidade de aumentar a produção para alimentar uma população global em crescimento, além da pressão para minimizar o impacto ambiental e a demanda por alimentos de melhor qualidade e segurança.
Neste sentido, a inteligência de dados surge como a chave para uma agricultura mais eficiente e sustentável, entregando resultados consolidados que viram ferramentas fundamentadas para tomada de decisões do produtor.
Alguns exemplos estão na coleta de dados com o uso de drones e sensores, agricultura de precisão com orientações avançadas sobre plantio, irrigação, fertilização e manejo de pragas. Como consequência, é possível economizar reduzindo o desperdício de insumos, melhorar a qualidade, gerando produtos mais saudáveis e competitivos e aprimorar as práticas de conservação e monitoramento ambiental.
Mariana Caetano, CEO da Salva, empresa especializada em inteligência de dados ambientais e agroclimáticos, ressalta que a integração de sensores e dispositivos de Internet das Coisas (IoT) está revolucionando o monitoramento das condições do solo, clima e saúde das plantas.
“Ao implantar uma rede de sensores agrícolas, os agricultores têm acesso a dados em tempo real sobre variáveis ambientais e agronômicas, além de reduzir potenciais erros de entradas de informações manuais em sistemas de gestão. Esses sensores podem medir a umidade relativa do ar e do solo, temperatura, níveis de nutrientes e até mesmo detectar a presença de pragas e doenças”.
Com essas informações detalhadas, os produtores podem tomar decisões mais precisas, ajustando suas práticas de cultivo para maximizar o rendimento das colheitas, enquanto minimizam o uso de recursos e reduzem os impactos ambientais.
Impulsionada pela inteligência de dados, a agricultura de precisão está remodelando a maneira como os agricultores personalizam suas práticas agrícolas para atender às necessidades específicas de cada área ou cultura.
Ao coletar e analisar uma vasta gama de dados, desde informações sobre solo, clima, doenças e pragas até crescimento das plantas, os produtores podem tomar decisões com maior segurança e de maneira mais assertiva.
“Essa abordagem permite ajustes precisos no plantio, irrigação, fertilização e manejo de pragas, levando em consideração as condições únicas de cada talhão. Como resultado, podem garantir uma agricultura mais eficiente, lucrativa e resiliente aos impactos climáticos”, completa Caetano.
Com base no Protocolo GHG, a Salva utiliza algoritmos e modelagens proprietárias para automatizar a geração de relatórios e dashboards de balanço de emissões de gases de efeito estufa. Isso permite que os produtores identifiquem suas próprias áreas para investimentos na transição para práticas de baixo carbono.
Além disso, a climate tech emprega a ciência de dados para detectar e monitorar mudanças no uso do solo e sistemas de plantio em propriedades, complementando as informações de rastreabilidade e garantindo conformidade com o Código Florestal Brasileiro.
“Essa abordagem integrada e avançada da Salva oferece aos agricultores uma vantagem competitiva significativa, ao mesmo tempo em que promove a sustentabilidade e a eficiência em toda a cadeia de produção agrícola, trazendo segurança à indústria de alimentos, exportadoras, bancos e ao consumidor”, salienta a executiva.