Colheita da safrinha: confira dicas para melhorar a produtividade

A safrinha em 2023 deve atingir produção aproximada de 98 milhões de toneladas, segundo a AgRural

Já começou a colheita do milho safrinha (2ª safra) no Brasil. E esse processo requer muita atenção por parte do produtor.

Algumas décadas atrás, a safrinha não tinha muita relevância dentro da produção nacional de grãos do país, já que sua produtividade não era tão elevada quanto a do milho de 1ª safra.

No entanto, com avanço das técnicas de manejo e uso de modernas tecnologias, esse pensamento já é totalmente diferente (e mais produtivo).

Não apenas a produtividade média do milho safrinha melhorou, como sua produção total já supera, e muito, a produção da 1ª safra.

Mas, mesmo sendo mais comum nos últimos anos, muitas pessoas ainda não sabem o que é o milho safrinha e quais são suas características.

Do ponto de vista agronômico, o milho safrinha nada mais é que uma segunda safra de verão que se inicia logo após a colheita da safra principal, seja ela do milho 1ª safra ou da soja, ou seja, entre janeiro e abril.

Mas para se ter sucesso nesse momento da colheita, alguns cuidados são muito importantes. Não se atender para estes fatores pode comprometer a produtividade e a rentabilidade da safra. Confira algumas dicas!

1 – Excelente planejamento de plantio

O sucesso da colheita do milho safrinha é resultado da integração de uma série de fatores que merecem atenção do produtor, desde o estabelecimento da lavoura, até a colheita propriamente. Confira alguns fatores:

  • Correto preparo de solo;
  • Escolha de híbridos mais adequados;
  • Tipo de adubação, de acordo com análises de solo;
  • Cuidado com o processo de plantio;
  • Monitoramento constante do desenvolvimento vegetativo das plantas
  • Se houve risco na região de geada no final do ciclo da cultura, a recomendação é usar híbridos super precoces.

2 – Capacitação do time da fazenda

Seja na safra ou na safrinha, a realização de treinamentos e constante capacitação direcionados aos trabalhadores que irão executar as atividades relacionadas à colheita e outras atividades da propriedade rural é fundamental.

Assim, o time estará pronto para tomar as melhores decisões ao longo da safra quanto aos problemas e as perdas durante a colheita, e até mesmo em outros momentos.

3 – Monitoramento da umidade dos grãos

A umidade dos grãos durante a colheita é outro ponto que merece total atenção para que as produtividades sejam as melhores possíveis.

– Colher o milho quando os grãos estiverem com umidade em torno de 14%, a fim de evitar gastos com secagem artificial. Umidades de até 18% são toleráveis, quando acondicionadas em paiol ou armazém, mas esta pode ser realizada com até 20% de umidade, desde que seja feita secagem artificial.

4 – Monitoramento constante da lavoura

Esse monitoramento é imprescindível, porque doenças e pragas podem impactar diretamente na condição final da lavoura quanto à sua produtividade, podendo inclusive antecipar a colheita.

Por isso, é fundamental estar sempre de olho e ter a ferramenta certa para monitorar, tabular e analisar todas as informações. Também é importante acompanhar a presença de plantas daninhas, que podem comprometer a qualidade da operação de colheita.

5 – Regulagem de máquinas e implementos de colheita

Geralmente as maiores perdas durante o processo de colheita estão associadas a colhedoras mal reguladas. Para evitar essas perdas, a regulagem correta (que deve ser realizada por profissional capacitado) é fundamental para aumentar a lucratividade da lavoura de milho safrinha.

A umidade dos grãos e o diâmetro da espiga devem ser muito bem observados para a correta regulagem da colhedora. É recomendado que a colheitadeira seja dimensionada às linhas da plantadeira.

Além disso, a velocidade da máquina deve estar dentro do recomendado durante toda a operação. Caso contrário, a produtividade pode ser afetada.

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