Já começou a colheita do milho safrinha (2ª safra) no Brasil. E esse processo requer muita atenção por parte do produtor.
Algumas décadas atrás, a safrinha não tinha muita relevância dentro da produção nacional de grãos do país, já que sua produtividade não era tão elevada quanto a do milho de 1ª safra.
No entanto, com avanço das técnicas de manejo e uso de modernas tecnologias, esse pensamento já é totalmente diferente (e mais produtivo).
Não apenas a produtividade média do milho safrinha melhorou, como sua produção total já supera, e muito, a produção da 1ª safra.
Mas, mesmo sendo mais comum nos últimos anos, muitas pessoas ainda não sabem o que é o milho safrinha e quais são suas características.
Do ponto de vista agronômico, o milho safrinha nada mais é que uma segunda safra de verão que se inicia logo após a colheita da safra principal, seja ela do milho 1ª safra ou da soja, ou seja, entre janeiro e abril.
Mas para se ter sucesso nesse momento da colheita, alguns cuidados são muito importantes. Não se atender para estes fatores pode comprometer a produtividade e a rentabilidade da safra. Confira algumas dicas!
1 – Excelente planejamento de plantio
O sucesso da colheita do milho safrinha é resultado da integração de uma série de fatores que merecem atenção do produtor, desde o estabelecimento da lavoura, até a colheita propriamente. Confira alguns fatores:
- Correto preparo de solo;
- Escolha de híbridos mais adequados;
- Tipo de adubação, de acordo com análises de solo;
- Cuidado com o processo de plantio;
- Monitoramento constante do desenvolvimento vegetativo das plantas
- Se houve risco na região de geada no final do ciclo da cultura, a recomendação é usar híbridos super precoces.
2 – Capacitação do time da fazenda
Seja na safra ou na safrinha, a realização de treinamentos e constante capacitação direcionados aos trabalhadores que irão executar as atividades relacionadas à colheita e outras atividades da propriedade rural é fundamental.
Assim, o time estará pronto para tomar as melhores decisões ao longo da safra quanto aos problemas e as perdas durante a colheita, e até mesmo em outros momentos.
3 – Monitoramento da umidade dos grãos
A umidade dos grãos durante a colheita é outro ponto que merece total atenção para que as produtividades sejam as melhores possíveis.
– Colher o milho quando os grãos estiverem com umidade em torno de 14%, a fim de evitar gastos com secagem artificial. Umidades de até 18% são toleráveis, quando acondicionadas em paiol ou armazém, mas esta pode ser realizada com até 20% de umidade, desde que seja feita secagem artificial.
4 – Monitoramento constante da lavoura
Esse monitoramento é imprescindível, porque doenças e pragas podem impactar diretamente na condição final da lavoura quanto à sua produtividade, podendo inclusive antecipar a colheita.
Por isso, é fundamental estar sempre de olho e ter a ferramenta certa para monitorar, tabular e analisar todas as informações. Também é importante acompanhar a presença de plantas daninhas, que podem comprometer a qualidade da operação de colheita.
5 – Regulagem de máquinas e implementos de colheita
Geralmente as maiores perdas durante o processo de colheita estão associadas a colhedoras mal reguladas. Para evitar essas perdas, a regulagem correta (que deve ser realizada por profissional capacitado) é fundamental para aumentar a lucratividade da lavoura de milho safrinha.
A umidade dos grãos e o diâmetro da espiga devem ser muito bem observados para a correta regulagem da colhedora. É recomendado que a colheitadeira seja dimensionada às linhas da plantadeira.
Além disso, a velocidade da máquina deve estar dentro do recomendado durante toda a operação. Caso contrário, a produtividade pode ser afetada.