Cecafé celebra reversão de tarifas impostas pelo governo Trump

O Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) anunciou na sexta-feira (21), a reversão das tarifas de 40% impostas pelos Estados Unidos às importações de café brasileiro – uma medida que representava um dos maiores riscos comerciais recentes para o setor.

A decisão decorre da modificação da Ordem Executiva 14.323, assinada pelo presidente norte-americano Donald Trump em julho de 2025, e marca um novo capítulo nas relações bilaterais entre os países.

Em vídeo divulgado nas redes sociais, o diretor-geral do Cecafé, Marcos Matos, celebrou a conquista, classificando-a como uma “vitória histórica para toda a cadeia produtiva do café, construída com diálogo, articulação técnica e união do setor”.

Ele destaca que o Brasil preserva, assim, sua competitividade no principal mercado consumidor de café do mundo.

A reversão das tarifas é resultado de meses de intensas negociações envolvendo governos de Brasil e EUA, além de entidades setoriais como a National Coffee Association (NCA) e representantes da indústria torrefadora norte-americana.

O Cecafé atuou em múltiplas frentes diplomáticas e técnicas, apresentando estudos sobre qualidade, sustentabilidade e impacto econômico do café brasileiro para consumidores dos Estados Unidos.

Segundo o comunicado oficial do Conselho, a taxação colocava o Brasil em forte desvantagem competitiva frente a origens como Vietnã, Indonésia, Colômbia e América Central.

Caso permanecesse, o tarifaço poderia provocar perda significativa e possivelmente irreversível de participação nos blends das principais marcas americanas.

A organização reforça que, embora a reversão seja um avanço expressivo, ainda há negociações em andamento, especialmente para garantir que o café solúvel – não contemplado na lista de isenções – também seja incluído.

O Cecafé afirmou que seguirá oferecendo dados estratégicos para assegurar a completa isenção tarifária ao setor.

Para o presidente do Conselho Deliberativo, Márcio Cândido Ferreira, o resultado é fruto de um esforço conjunto, que envolveu diplomacia empresarial, suporte técnico e alinhamento entre todos os elos da cadeia produtiva.

“Essa conquista beneficia desde o produtor até as indústrias de torrefação e os consumidores norte-americanos”, afirma.

A entidade diz permanecer firme em sua missão de defender o exportador brasileiro diante de desafios políticos, logísticos, regulatórios e climáticos, reforçando seu papel institucional de articulação e representação global do café do Brasil.

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