Boas práticas agrícolas são essenciais para o setor sucroalcooleiro

A aplicação de defensivos na cana-de-açúcar é uma etapa estratégica para potencializar o controle de plantas daninhas, pragas e doenças.

Porém, a eficiência desta prática depende da adoção rigorosa das Boas Práticas Agrícolas, que incluem desde a limpeza dos tanques de mistura até o preparo criterioso da calda, uso de equipamentos adequados e proteção do trabalhador.

“A etapa de preparo da calda é determinante para a eficiência das aplicações em cana-de-açúcar. Seguir as Boas Práticas Agrícolas auxilia o uso correto, seguro e sustentável dos defensivos, maximizando o controle fitossanitário, protegendo o ambiente, os operadores e o potencial produtivo do canavial”, explica Vlader Henrique Cordioli, especialista de Boas Práticas Agrícolas da Corteva Agriscience.

“Para isso, estamos ao lado dos produtores e aplicadores, oferecendo treinamentos e capacitações sobre o uso de defensivos, incluindo cursos específicos em tecnologia de aplicação e formações técnicas voltadas aos pilares do manejo integrado de pragas, doenças, plantas daninhas e segurança do trabalhador”, completa.

Limpeza e Preparo: Evitando Riscos Técnicos e Operacionais

Resíduos nos tanques de preparo ou nos equipamentos de pulverização podem causar reações químicas indesejadas, reduzir a eficiência dos produtos ou até provocar fitotoxicidade, comprometendo a longevidade da soqueira e o rendimento da cultura.

A higienização completa – incluindo tanque, filtros, bicos e mangueiras – previne a contaminação cruzada e garante a qualidade da calda.

Além disso, respeitar a ordem de mistura evita incompatibilidades físicas e químicas, como precipitação e excesso de espuma.

O cuidado com a água também precisa ser levado em conta pelo canavicultor.

Água com alto teor de argila, excesso de sais ou pH inadequado pode reduzir a solubilidade dos ingredientes ativos, comprometendo a eficácia dos defensivos e dificultando o controle de pragas, doenças e plantas daninhas.

Recomendações de bula e uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

Outros aspectos a serem considerados são:

Aplicação na dosagem correta de cada produto: o uso abaixo da recomendação reduz o controle, favorece resistência de pragas, doenças ou plantas daninhas e obriga retrabalhos na área; o uso em excesso aumenta o custo de produção, pode causar fitotoxicidade na cana e ainda gerar riscos ambientais;

Volume: a utilização de balanças de precisão, provetas, pipetas graduadas e copos medidores específicos para garantir a dosagem exata;

Calibragem: ajuste do pulverizador deve ser feito sempre que houver troca de bicos, ajuste de pressão ou antes do início de cada safra. Pulverizadores mal calibrados podem levar à aplicação irregular, deixando áreas sem cobertura ou causando sobreposição da aplicação em outras, o que aumenta custos e riscos de fitotoxicidade.

Proteção: o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) durante todo o processo traz segurança ao trabalhador, além de atender às exigências legais.

“A adoção rigorosa de Boas Práticas Agrícolas em todo o processo de manuseio, preparo e aplicação de defensivos, potencializa as aplicações mais eficientes, econômicas e com menos riscos, contribuindo para o aumento da produtividade e para a sustentabilidade da atividade”, ressalta Vlader Henrique Cordioli.

Related Posts

Next Post

Últimas Notícias