Agronegócio tem grandes expectativas com aprovação de programa de bioinsumos

Projeto foi votado pela Câmara dos Deputados na última quarta-feira (27) e cria o Programa Emergencial para Fabricação de Amônia e Ureia

A perspectiva da produção de bioinsumos nas propriedades rurais, diminuindo a dependência do setor agropecuário dos produtos importados, levou alegria a parlamentares e produtores rurais em todo o país.

A aprovação pela Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados, nesta quarta-feira (27), do projeto de lei que cria o Programa Emergencial para Fabricação de Amônia e Ureia (Pelau) é apontada como vital para a recuperação e manutenção da biodiversidade e fertilidade dos solos, favorecendo ciclos naturais de nutrientes.

Para o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Tirso Meirelles, esse foi um passo importante nessa caminhada.

O projeto ainda precisa ser aprovado nas comissões de Desenvolvimento Econômico; Minas e Energia; Finanças e Tributação; Constituição e Justiça e de Cidadania antes de seguir para o Senado.

A expectativa é que esse processo seja votado com rapidez, para garantir que os produtores possam investir em práticas mais sustentáveis.

“Estive em Brasília acompanhando, ao lado dos parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), essa conquista histórica para os produtores rurais”, afirmou Meirelles.

“É importante entender que o Brasil é o maior importador de fertilizantes agrícolas e esse programa vai fazer com que o setor agropecuário seja ainda mais sustentável e independente de questões geopolíticas que afetam não apenas a entrega dos produtos, mas a lucratividade dos produtores”.

Para atender às demandas domésticas, são importados 95,7 dos fertilizantes nitrogenados, 72% dos fosfatados e 96,4% dos potássicos. A nova lei prevê a concessão de subvenções econômicas ao preço do gás natural utilizado na produção dos bioinsumos.

Muitos podem ser produzidos na fazenda, diminuindo os gastos com produtos industriais. Alinham-se às demandas por produtos mais sustentáveis e com menor impacto ambiental, aumentando a aceitação em mercados exigentes.

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