A Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) vê na aprovação do projeto de lei que regulamenta o mercado de carbono no Brasil a abertura de oportunidades para o setor.
Agora, o texto – que passou pela Câmara dos Deputados neste dia 19 de novembro e é um substitutivo do Senado ao Projeto de Lei 182/24 – segue para sanção presidencial.
“Estamos apoiando e acompanhando o tema ativamente, visto que impacta os produtores, principalmente os que são certificados ou que têm a intenção de se certificar, já que pode abrir uma oportunidade de venda de créditos de carbono para outros setores”, sinaliza o CEO da organização, José Guilherme Nogueira.
A proposta estabelece um mercado regulado e um voluntário de títulos representativos de emissão ou remoção de carbono, em que as empresas que mais poluem deverão seguir metas de emissão e podem usar esses títulos para compensá-la. A gestão ficará por conta do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE), que permitirá a negociação de Cotas Brasileiras de Emissão (CBE) e de certificados de redução ou remoção verificada de emissões (CRVE).
“A Orplana aguarda os desdobramentos e a sanção presidencial para avançar e ver as oportunidades de buscar aumentar a rentabilidade dos produtores de cana-de-açúcar”, conclui Nogueira.
Cana Summit
Com foco nas políticas públicas, perspectivas e desafios da produção canavieira e de todo setor sucroenergético, o Cana Summit terá sua segunda edição nos dias 2 e 3 de abril de 2025. Mais uma vez, o evento será em Brasília-DF, também envolvendo as principais lideranças políticas.
Promovido pela Orplana, o Cana Summit discutiu, em sua primeira edição, o potencial de desenvolvimento da cultura da cana e as demandas do segmento que movimentou, em 2023, mais de R$ 43,7 bilhões. Na ocasião, a Orplana lançou a Carta de Brasília, formalizando importantes diretrizes para as autoridades políticas das três esferas – federal, estadual e municipal – visando o reconhecimento do produtor de cana e sua inclusão em políticas públicas do setor.
“Vamos reunir, mais uma vez, em palestras e debates com as principais lideranças econômicas e políticas para definir estratégias, acompanhar a evolução do que foi definido na edição anterior e discutir as temáticas sucroenergéticas que são prioridades para o fortalecimento e a sustentabilidade do segmento”, explica Nogueira.
Atualmente, a Orplana conta com 35 associações de fornecedores de cana e representa mais de 12 mil produtores.