O empreendedorismo no agronegócio no Brasil oferece muitas oportunidades, mas são grandes os desafios.
O setor tem um papel significativo no país e no mundo, sendo um dos maiores produtores de commodities agrícolas do planeta.
Nesse cenário, um dado que não pode passar despercebido é que somente o estado de Mato Grosso colheu na safra 2022/23, 45,32 milhões de toneladas de soja, por exemplo.
O resultado é maior que toda a produção da Argentina no período.
Entre as oportunidades, o que mais chama a atenção é a inovação.
É evidente que a modernização do setor é uma tendência muito forte. Tecnologias como IoT (Internet das Coisas), drones, inteligência artificial e análise de dados têm sido aplicadas para aumentar a eficiência na produção ou ainda no desenvolvimento de produtos efetivamente eficazes.
Esta é realmente uma necessidade sentida pelo produtor e pelo setor como um todo.
Quando se fala em sustentabilidade, há uma crescente demanda por essas práticas.
Empreendedores têm inúmeras oportunidades para implementar técnicas de agricultura regenerativa, redução de resíduos e práticas eco-friendly.
Cuidar do meio ambiente não é mais tarefa das grandes corporações somente, claro isso é essencial, mas cabe e já se tornou um dever de todos, sociedade, classe agrícola, pequenas e médias companhias também.
E aí se abre um leque de ideias e de iniciativas empreendedoras que podem ser tomadas.
Falando em mercado global, o Brasil exporta uma grande quantidade de produtos agrícolas.
Então, é válido dizer que a expansão para esses mercados pujantes é outra baita oportunidade, mas, claro, requer conhecimento das regulamentações e demandas específicas de cada país.
Buscar informações e especialistas no assunto pode ajudar.
Mas claro que os desafios fazem parte disso tudo, o agro não ficaria isento, o item de maior destaque sem dúvidas é a infraestrutura limitada em certas regiões do País, causando problemas com a logística e acesso a tecnologias de ponta.
Um transporte eficiente de produtos agrícolas desde o local de origem até os mercados consumidores seria o ideal.
Ainda mais pensando que no Brasil, onde a produção agrícola é extensa e muitas vezes está distante dos centros urbanos, a logística se torna ainda mais relevante.
A logística para o escoamento da produção é fundamental para transportar safras inteiras de regiões produtoras para centros de distribuição, portos e ainda para o abastecimento de mercados internos e externos.
Sem melhorar bruscamente esse sistema, o País perderá cifras e cifras a cada safra.
Sem contar que a eficiência nesse deslocamento é crucial para preservar a qualidade dos produtos perecíveis durante o transporte, minimizando assim perdas.
Contudo, hoje a realidade é que a infraestrutura brasileira está deficiente, com estradas precárias, a falta de ferrovias modernas e também portos congestionados, são grandes desafios.
Além disso, ainda enfrenta altos custos do transporte rodoviário, especialmente em longas distâncias, e que reduzem ainda mais a competitividade dos produtos agrícolas.
Ou seja, é preciso investir para melhorar o modal viário, modernizar ferrovias e expandir capacidades portuárias.
Vale destacar a importância de se adotar e investir em rastreamento, planejamento logístico inteligente e automação com foco em otimizar rotas e reduzir custos.
Outra importante ação seria a de criar um grande grupo de estudos e promover mudanças e sugestões em prol dos modais.
A exemplo, tem-se a integração entre modalidades de transporte, integrando diferentes modos de transporte, como ferrovias, rodovias e hidrovias, a fim de reduzir custos e melhorar a eficiência.
E algo muito relevante e que precisa tornar-se cada vez mais saudável, são as parcerias público-privada.
Somente com a colaboração entre o setor público e privado para investir em infraestrutura e desenvolver soluções logísticas mais eficazes é que o País pode transformar este cenário vivido hoje pelo setor e pelos empreendedores.
Resolver os gargalos logísticos no agronegócio demanda um esforço conjunto.
Paralelo tudo isso ainda se tem as complexidades regulatórias, a burocracia e a dificuldade das regulamentações como obstáculos para novos empreendedores.
Especialmente em relação a licenciamentos, questões ambientais e tributárias, os próprios adjuvantes agrícolas é um exemplo disso.
Um fato que exige uma dedicação extra é sobre o clima e a sazonalidade, o primeiro pode ser imprevisível, afetando a produção, diminuindo produtividade, entre outros.
A agricultura é uma fábrica a céu aberto, e isso exige planejamento e estratégias de mitigação de riscos.
Custos operacionais, como de produção, podem ser altos, especialmente para implementar tecnologias avançadas e práticas sustentáveis.
Quando se tem esses dois assuntos envolvidos em uma indústria, prepare muito bem os orçamentos e fique atento aos detalhes, eles fazem toda a diferença no final.
No geral, empreender no agronegócio no Brasil oferece oportunidades significativas, mas é fundamental em qualquer do caminho a ser traçado, estar preparado para enfrentar desafios diversos, os previsíveis e aqueles que estavam fora da pauta.
O conhecimento do mercado, das tecnologias emergentes e das práticas sustentáveis pode ser crucial para o sucesso nesse setor.