O Agronegócio perde uma grande referência: Alysson Paolinelli. Ele estava internado em estado grave no Hospital Madre Teresa, em Belo Horizonte.
Paolinelli nasceu em Bambuí, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, em 1936. Engenheiro agrônomo, ele assumiu o Ministério da Agricultura entre 1974 e 1979, em todo o mandato de Ernesto Geisel.
Além de ex-ministro, Paolinelli também foi um dos responsáveis pela criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e ocupou a Secretaria de Agricultura de Minas Gerais em três oportunidades – durante as gestões de Rondon Pacheco, Hélio Garcia e Eduardo Azeredo
Paolinelli era um apaixonado pelo agronegócio e um dos principais responsáveis pela revolução tecnológica que aconteceu a partir dos anos 70, transformando o Cerrado em um grande polo de produção agropecuária e o Brasil em uma potência do setor rural.
Conhecido como Pai da Agricultura Tropical, era um incansável pesquisador das ciências do solo, tendo recebido o Prêmio World Food Prize.
Engenheiro agrônomo formado pela Universidade Federal de Lavras, ele construiu um grande legado que deixa para as novas gerações de produtores. Suas palavras de ordem eram pesquisa, inovação e sustentabilidade.
Paolinelli era presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e do Instituto Fórum do Futuro, além de embaixador da Boa Vontade do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) e responsável pela Cátedra Luiz de Queiroz, da Esalq-USP.
Alysson Paolinelli foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 2021 e 2022, sendo criada, inclusive a Rede Paolinelli, que reuniu instituições do mundo acadêmico e do agronegócio com o propósito de coordenar e estimular o engajamento na indicação do ex-ministro da Agricultura ao prêmio.
Em 2023, Paolinelli foi eleito pela revista Agro World entre os 100 Mais Influentes do Agronegócio. Clique aqui e confira a lista completa dos ganhadores.